Oi gente, tudo bem? Estou sumida, mas com muitas novidades!
Desembarcar em Lisboa depois de tantos anos escrevendo sobre Portugal para o blog tem sempre um gostinho especial – mas dessa vez, confesso, foi diferente. Eu não estava apenas passando pela cidade a caminho de outro destino: Portugal era, de novo, o meu ponto de partida para falar de destination wedding, de história, de hotéis-ícones e de novas descobertas que fazem todo sentido para quem sonha casar na Europa. E, como tudo na minha vida parece se alinhar ao universo dos casamentos, essa viagem começou com um convite muito especial. Estava com a viagem marcada para Moçambique, onde iria palestrar em um congresso. Na hora de escolher a conexão, poderia ter ido pela África do Sul, claro. Mas você acha mesmo que eu, com o coração metade carioca, metade luso, ia perder a chance de entrar por Portugal? Nunca. Foi então que a Tânia, diretora de eventos do icônico Hotel Palácio Estoril, ficou sabendo da minha ida. Em dois e-mails e uma ligação, o plano estava traçado: “Antes de Moçambique, você fica aqui comigo no Palácio”, ela sugeriu. E eu, obviamente, disse sim.
Mais do que uma hospedagem, a ideia era transformar essas duas noites em uma imersão de destination wedding no Estoril, e ainda levar comigo um dos nomes mais fortes de wedding planning europeu. O convite para o Rui Mota Pinto. Se você pesquisa casamento na Europa, é bem provável que já tenha esbarrado com o nome Rui Mota Pinto. Ele é um dos wedding designers mais criativos e respeitados de Portugal conhecido por projetos ousados, personalizados e cheios de personalidade. Rui mora em Cascais, conhece a região como poucos, já tinha ido ao Hotel Palácio Estoril para almoços, eventos, amigos hospedados… mas nunca tinha vivido o hotel “como tem que ser”: dormindo ali, acordando ali, experimentando cada espaço com o olhar de quem desenha experiências de casamento. Então eu fiz o que qualquer boa embaixadora de destinos de casamento faria: convidei o Rui para passar essas duas noites no Palácio comigo, como um verdadeiro site inspection experiencial. A Tânia adorou a ideia, abriu as portas do hotel e nos recebeu com aquele cuidado que, sinceramente, faz toda a diferença quando falamos de destination wedding: olhar para o casal, para o planner, para o convidado, para cada fluxo de uma celebração.
Hotel Palácio Estoril
Quem acompanha o blog já viu o Palácio Estoril aparecer por aqui algumas vezes. Ele é um verdadeiro clássico na costa portuguesa, daqueles hotéis que parecem ter nascido prontos para receber casamentos elegantes, atemporais e cheios de história. O Palácio carrega aquele charme de hotel tradicional europeu: arquitetura clássica, imponente, mas acolhedora; interiores que combinam sofisticação com conforto; jardins perfeitos para cerimônias ao ar livre; salões que parecem ter saído de uma cena de filme de época. Ficar ali hospedada de novo, mas agora com o olhar dividido entre “blogueira apaixonada por hotel” e “curadora de destination weddings”, foi uma delícia. E, dessa vez, com o Rui ao meu lado, tudo ganhou uma camada extra de leitura profissional: fluxos, timings, possibilidades de layout, experiências para os noivos e para os convidados.
E falando em cenas de cinema, o Palácio Estoril não é só um hotel; ele é um verdadeiro ícone de Hollywood – ou, melhor dizendo, de Bond, James Bond. Em 1941, o filme “On Her Majesty’s Secret Service”, com George Lazenby no papel do agente 007, foi rodado bem ali, nos salões e jardins que exalam mistério e sofisticação. Mas a história vai mais fundo: durante a Segunda Guerra Mundial, com Portugal neutro, o hotel virou point de espiões e intrigas reais, inspirando o próprio Ian Fleming – que era espião britânico – a criar o universo de Casino Royale. Foi assim que o Palácio ganhou seu certificado oficial de “James Bond Experience”, e eu tive a sorte de vivê-lo de perto. O José Diogo, concierge do hotel há décadas, me guiou por um tour exclusivo pelo Hall da Fama – um mural de reis, rainhas e celebridades que lembra o do Copacabana Palace, mas com um twist lusitano. Aos 17 anos, ele fez uma ponta no filme de 007; hoje, com 62, ainda está ali, contando as histórias com um sorriso contagiante e entregando o certificado nas mãos dos hóspedes sortudos como eu. Imagina só: um casamento nesse cenário, onde o “sim” poderia ser o plot twist perfeito de um roteiro eterno?
Depois dessas duas noites intensas no Palácio Estoril, peguei minhas malas e segui para Lisboa – ainda no modo wedding, mas agora com um olhar voltado para outra etapa essencial do destination wedding: a hospedagem de noivos e convidados em hotéis que, mesmo não fazendo casamentos, completam a experiência. Foi aí que entrou o convite da Maria João, do Segredos de Portugal, uma empresa super bacana que representa alguns hotéis portugueses que eu amo acompanhar. Ela me convidou para conhecer e me hospedar no Art Legacy, um hotel boutique na Baixa de Lisboa, colado no Chiado, localização que parece desenhada para quem quer viver a cidade a pé, sentindo cada esquina.
Como se não bastasse todo o charme do Palácio, a nossa programação incluiu ainda uma passada pelo Clube de Golfe do Estoril, que fica a apenas cinco minutinhos de carro do hotel. O campo não pertence ao Palácio Estoril, mas funciona quase como uma extensão natural da experiência: o hotel oferece shuttle em minivan, e muitos hóspedes já vão diretamente com os tacos na mala, prontos para jogar. Fomos eu, a Tânia e o Rui fazer um site inspection por lá e, entre uma foto e outra, fiquei imaginando como o cenário é perfeito para um pré-wedding descontraído, um welcome drink ao ar livre ou até aquele day after mais slow, para os convidados que querem esticar a festa de forma elegante. O campo de golfe, com o verde impecável, os recortes de árvores e aquela luz suave típica da região, cria um contraste lindo com a atmosfera clássica do Palácio: de um lado, o glamour histórico; do outro, a natureza emoldurando momentos leves, risadas e brindres.
Art Legacy
Art Legacy não é um hotel de casamento. Ele não faz eventos de casamento em si, não tem salão de festas. Mas ele faz algo igualmente importante para o universo de destination wedding: acolhe noivos e convidados que vão casar em Lisboa. Pensa num hotel boutique contemporâneo, cool, com conceito artístico muito bem amarrado. Agora adiciona localização perfeita, serviço atencioso e aquele ar de “descoberta” que a gente ama quando viaja. É isso.
A decoração é toda assinada pelo artista MOOOL, o que dá ao hotel uma identidade visual autoral. Os corredores, os quartos, os espaços comuns conversam entre si, como se estivessem dentro de uma mesma obra. E o elevador… ah, o elevador! O elevador de veludo, os animais e o mood “cool lisboeta”. O elevador do Art Legacy merecia um parágrafo só para ele. Revestido de tecido tipo veludo, com ilustrações de animais, ele foge completamente daquela ideia de elevador neutro, asséptico, sem graça. Ali, o elevador é quase um cenário. Você entra e parece fazer parte de uma instalação artística. É o tipo de detalhe que eu observo muito quando penso em onde indicar para noivos e convidados: o hotel precisa ter alma, ter ponto de vista, ter algo para além de “cama confortável e bom café da manhã”. Porque no destination wedding, o hotel é, sim, parte da narrativa do casamento.
O quarto que fiquei era aconchegante, bem pensado, com aquele equilíbrio entre design e conforto que eu gosto. Não era só bonito para foto – era gostoso de estar. E a localização dispensa apresentações: Baixa de Lisboa, ao lado do Chiado; pertinho de tudo, ideal para quem quer explorar a cidade caminhando; perfeito para convidados que vão a um casamento em Lisboa e querem estender uns dias pela cidade. Mesmo sem ser um hotel de casamento, o Art Legacy é, para mim, um hotel de destination wedding – porque ele faz exatamente o que a gente precisa: acolhe, encanta e complementa a experiência da celebração.
O que mais me encantou nessa ida a Portugal foi perceber como o país, que eu já conheço e recomendo há anos, continua se reinventando para o universo de casamentos: No Estoril, o clássico Hotel Palácio Estoril reafirma seu lugar como cenário perfeito para casamentos elegantes, com estrutura, história e uma equipe que sabe receber grandes celebrações. Em Lisboa, o contemporâneo Art Legacy surge como opção charmosa e cool para hospedar noivos e convidados que querem viver a cidade com estilo, mesmo que o “sim” aconteça em outro lugar. Entre um hotel e outro, entre o convite da Tânia, a presença do Rui Mota Pinto e o carinho da Maria João, Portugal se mostrou, mais uma vez, esse país que abraça o amor em todas as suas formas: dos salões de baile históricos aos elevadores de veludo com animais ilustrados.
E eu sigo aqui, de malas prontas e coração cheio, mapeando cada cantinho que possa ser cenário – ou coadjuvante de luxo – dos seus sonhos de casar pelo mundo. Se você estivesse planejando um casamento em Portugal hoje, se imagina mais no mood clássico-elegante do Palácio Estoril ou no vibe cool-urbano de Lisboa com um hotel boutique como o Art Legacy? Me escreva que vou adorar te ajudar!
Até a próxima semana!
Beijinhos,
Simone.
